domingo, 20 de junho de 2010

A morte do Imperador

Tuas palavras duraram por anos, mas fundaram-se no vento.
Teu castelo foi de areia, e sua carne etérea
Tuas leis era tiranas, seu desejo, uma ordem
Teu amor era regra, era fútil era vazio, era grande

De escravo do Deus, quebrei as algemas
A alforria necessária, o dúbio pensamento
Para viver, mato meu imperador
Não vivo enquanto o império permanecer

Ó Grande! Separados por duas Copas
Quanto mais perto, mais longe
Sete palmos abaixo do coração
Envio-te ao seol, para que se torne pó
Imperador, não mandas mais em nada
Hoje sou livre, sem sua sombra, sem seus mandos
Siga seu caminho, sem seu reino
Quem impera no meu terreiro, é a felicidade
Foi louco enquanto durou, intensamente
Angustiante permanecer quatro anos no calabouço
Somente por seu capricho, seu gozo

Lamento, Imperador.
Condeno-te ao desterro do meu peito
Suas coisas,queimei, sua lembrança, se desfaz.
Sou pleno, agora respiro.
Adeus.

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